22 novembro 2005

Desordem

Desordem
Há dias que a lógica me atormenta. Pontapeia o que mais preciso: a desordem. Tenho em mim um sussuro leviano que me empurra para o nada. É nele que alinho o meu caos interior. Sobrevivo à custa da ponte imaginária que sustento na insustentável penumbra dos meus olhos. Não há guia nem abraço que alimente esta penumbra decadente. O degredo não é maior porque floresce a inesgotável ternura do gesto. Eis-me ali sem nada e com tudo. Tenho até hoje a hipocrisia sobrenatural de me manter de pé sentado numa mesa de paz.
Sem contar, corre uma voz pueril, virgem, que enche o sonho de menino e me impele a continuar.

2 Comentários:

Em 3:53 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

Lutei para não escrever, mas não estou a conseguir...deixo-me levar por ti...

 
Em 7:47 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

Melhor desistires de te deixar levar, porque este só existe para se aproveitar de ti e de tantas como tu... não és a única a quem ele iludiu! Puro vígaro!

 

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