Áurea

Há uma áurea dentro de mim que não morre. Um ser que gravita sem parar. Um caminho desalmado que embala um passado de sorriso e dor.
Que cordão de fogo terás? Que ilusão preenche o teu caminhar? Será que ainda invocas o sopro do Norte, o rasgão da madrugada incessante?
Há em mim um clarão. Uma luz que apaga o desabrochar da aurora. Um respiro abafado. Um quadro sem tela.
Por vezes, volto ao cais. Empurro o vazio com um lampejo de prazer. Um vício devastador que não consegue sugar o amanhã.
Irás tu um dia ler-me? Terás, na tua mão, a proa dos dias felizes?
Lanço o nada sem ter a ingénua crença do reencontro.
Não fui feito para tocar o céu duas vezes.
O meu trilho obedece ao que não tenho.
4 Comentários:
Há que acabar com o blogue Cromossoma-y dois é demais alias 3!? verdade!??
Porquê?
No tempo do seminario!
Estamos a 13 de Outubro de 2009... a Áurea, a cavaleira andante, a volúpia, a fragância,... ainda permanecem em si.
Que ando eu aqui a fazer?
MM
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