13 dezembro 2005

Áurea


Há uma áurea dentro de mim que não morre. Um ser que gravita sem parar. Um caminho desalmado que embala um passado de sorriso e dor.
Que cordão de fogo terás? Que ilusão preenche o teu caminhar? Será que ainda invocas o sopro do Norte, o rasgão da madrugada incessante?
Há em mim um clarão. Uma luz que apaga o desabrochar da aurora. Um respiro abafado. Um quadro sem tela.
Por vezes, volto ao cais. Empurro o vazio com um lampejo de prazer. Um vício devastador que não consegue sugar o amanhã.
Irás tu um dia ler-me? Terás, na tua mão, a proa dos dias felizes?
Lanço o nada sem ter a ingénua crença do reencontro.
Não fui feito para tocar o céu duas vezes.
O meu trilho obedece ao que não tenho.

4 Comentários:

Em 4:25 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

Há que acabar com o blogue Cromossoma-y dois é demais alias 3!? verdade!??

 
Em 11:28 da manhã, Anonymous Anónimo disse...

Porquê?

 
Em 9:23 da manhã, Anonymous Anónimo disse...

No tempo do seminario!

 
Em 11:15 da manhã, Anonymous Anónimo disse...

Estamos a 13 de Outubro de 2009... a Áurea, a cavaleira andante, a volúpia, a fragância,... ainda permanecem em si.
Que ando eu aqui a fazer?
MM

 

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