13 janeiro 2006

Chão


O que tenho dentro de mim é a névoa sublime. O sussurro da partida. O cheiro perdido.
Um rasgo, em imagens, que povoa um tempo com tempo. Uma ponte que grita pela mão trémula do primeiro encontro.
Sigo o trilho do lobo. O chão puxa-me para a maré de um mar que já não tenho em mim.
Tropeço na areia fina. Ainda sinto o peso do fim de tarde que empurrou o calor da ilusão. Vejo agora os rostos da dor. De novo, o aperto de mão. A coragem da estrada cruzada por magotes de gente sem nome.
Neste retrato desarticulado, componho a sina da palavra.
Saio da história. Não sinto o que piso mas alguém me reclama a vida. É por ela, sempre por ela, que sigo viagem até ao fim.

1 Comentários:

Em 12:25 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

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