11 agosto 2006

Cavaleira Andante

Cavaleira AndanteHoje vou falar de ti.
Nunca falei porque nisto há um misto de perda e inquietude que só agora habitam em nós. É como se o farol, há custa da intensidade dos dias felizes, produzisse cera, hoje derretida pela brancura das tardes quentes. E como está quente.
Por estes dias, o teu céu está escuro. Não foste tu que o fizeste tão pouco o aprecias, contudo, bem no fundo, sabes que espelha a semente que envenena a magia.
Também por estes dias, vi esse céu. Não lhe toquei porque fiquei diminuído pela força que ostenta. Um poder, bravo, que contamina o valor mais inquebrável do ser humano. A força era tal que me espantou sem lhe dizer o quanto me tem feito mal.
Apesar desta força, quero dizer-te que ele sucumbe ao pecado original. É leviano na arte do poder.

Daqui a pouco embarcas sem embarcar, mas daqui a uns dias o embarque tem toque. O medo, o inimigo da coragem, foi derrotado porque o tempo é sempre o comando.
Quero que saibas também que nunca lamentarei o trilho que fez nascer um nome que só existe em nós. O outro, o teu nome, terá o que o fado te reservar. Uma púrpura de sinais mas nunca digna da minha cavaleira andante.

4 Comentários:

Em 2:36 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

Looking for information and found it at this great site...
»

 
Em 2:43 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

Excellent, love it! mammals that pants

 
Em 2:33 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

Tudo nasce
Tudo cresce
Tudo passa
Tudo morre
e nada esquece.

 
Em 6:01 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

PODES CRER K GOSTO IMENSO DA TUA MANEIRA DE TE EXPRIMIRES. KANTOS COM MUITO MENOS, TANTO KALIDADE COMO DE ESCRITA SE AVENTURAM NA ARTE DE ESCRITORES. DEVIAS POR TUDO EM LIVRO.

 

Enviar um comentário

<< Início