28 dezembro 2005


Rasgo a última página do livro deste ano. No íntimo, acredito que ainda possuo lenha para queimar. A porta continua aberta. Há um misto de dependência e de ilusão dentro de mim. Enquanto sentir este trilho há razões para cá voltar.
Se bem se recordam, no destapar da peneira, os autores deste blog assinaram, em uníssono, que a casa tem a porta às sortes. É uma singela invocação aos tempos idos do Barroso. Não porque ficou bem escrever e convidar mas porque acreditamos que este espaço só tem sentido pelo genuíno. Anotamos os comentários. Em nós, só ficam os que merecem.
Hoje subo ao monte crispado pela geada. Ao caminho gélido de uma noite sem lua.
Aos que cá entram há uma coragem nobre. Coragem que será sempre inimiga do medo. Em cada um, o recanto do desenho individual.
Voltarei no desabrochar do espigo.